top of page

Com diversos relatos sobre as dificuldades dos estudantes na faculdade foi criado a Comissão de Saúde Mental junto à alunos eprofessores de enfermagem com o intuito de estabelecer atividades que não se limitem à graduação e promovam a qualidade de vida para os discentes. Quer participar? Ou quer nos contar o que está passando? Nos envie uma mensagem!

​

Umas das primeiras intervenções para escutá-los foi a implantação do Mural: O que você faz para se sentir melhor quando tudo parece estar mal?

"A forma de homenagear as mulheres, ontem, era uma incógnita para mim. Tentei elaborar um belo texto, mas absolutamente nada acontecia, assim como o de agora. O meu foco era retratar o por quê dessa data e ao reler vários textos visualizei essa imagem. Parei, respirei e percebi que qualquer escrita que eu fosse produzir não provocaria o mesmo sentimento que me tocou ao ver essa imagem. Para quem passou pela Faculdade de Enfermagem da Unicamp, essa imagem foi deixada em cada andar, junto com um vaso de flores. Não era qualquer flor e com certeza, não eram as flores mais belas que iria ver. Essa data não era apenas comemoração, mas um momento de crítica e reflexão. Precisamos ressignificar esse dia, não é apenas um parabéns por ser mulher e o recebimento de um bombom ou flores. É preciso entender a essência da luta por nossos direitos, e que, infelizmente, ainda não estão garantidos hodiernamente".

Luana Hencklein

Carta de repúdio aos responsáveis pela bata da Engenharia Mecânica, com os dizeres “Xupa Enfermeira! (por favor!)”.

 

​

A bata confeccionada entre 2002 e 2014, pela Atlética de Engenharia Mecânica da Unicamp (AAAMEC) compactua com a inferiorização dos cursos e, principalmente, com a sexualização da profissão de enfermagem com a frase “Xupa Enfermeira! (por favor!)”. O que aparentemente é uma piada inofensiva, possui grande significado para a profissão, que luta diariamente contra o machismo estrutural e a perpetuação da erotização da imagem da enfermeira.

A enfermagem, constituída majoritariamente por mulheres, foi estruturada historicamente por freiras, atribuindo-se um caráter de caridade e abnegação, ou prostitutas e outras mulheres discriminadas socialmente. 

Dessa forma, há diversos estereótipos relacionados à profissão, além de abusos no ambiente profissional e desvalorização no mercado de trabalho, devido à sociedade patriarcal e machista que objetifica a mulher em diversas situações e inferioriza o gênero feminino. A mídia contribui cruelmente com a perpetuação dessa imagem da profissão. Ao procurar no google imagens relacionadas à enfermeira, rapidamente a tela é tomada por imagens de arquétipos erotizados, reforçando o imaginário social, assim como essa bata.

Diante desses fatos que elucidam o cotidiano da enfermagem, é através de profunda reflexão e conscientização da população sobre igualdade de gênero e da categoria profissional da enfermagem que viemos a público repudiar a criação e uso da bata. Tais atitudes perpetuam o machismo enraizado da sociedade e da nossa Universidade. Não apenas repudiamos o ato pelas mulheres da enfermagem, mas por todas as mulheres, visto que não foi a primeira vez que a Engenharia Mecânica foi machista (vide polêmica do Manual do Bixo em 2016, que propagava agressão às calouras e calouros). Tais fatos não podem continuar acontecendo. Não é normal ser machista, não é frescura por parte das mulheres e, principalmente, não será tolerado. A discussão é necessária e essa carta de repúdio é apenas o começo.

Agradecemos a retratação da AAAMEC e entraremos em contato, via Centro Acadêmico, para novas repercussões, além do fortalecimento da luta feminista entre as mulheres dos cursos.

Não nos calaremos.

 

                                                                                                    Centro Acadêmico de Enfermagem (CAE) - Gestão “Anunciação”

Clique nas fotos e veja as descrições

bottom of page